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terça-feira, 4 de novembro de 2014

Como é bom ser fanboy hoje em dia.


terça-feira, 30 de setembro de 2014

Estepe planetário


Em tempo, depois desta revelação interessante ou não, vamos a um verdadeiro atestado de velhice da minha parte com a minha participação no ARGCast 150 relembrando um dos melhores formatinhos da década de oitenta: SUPERAVENTURAS MARVEL.

Ouça e boa viagem!


sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Eu no Argcast do Thor


Thor que é um herói legal porque tem um martelo está estreando hoje nos cinemas. E tal fato não esta livre de um podcast. Com participações de Daniel HDRVagner AbreuGuilherme Moe (Baile dos Enxutos), Sergio Coveiro (Marvel 616) e Marcos Dark (Âmago) e eu com minha viril voz.

Ouçam aí!

sábado, 8 de junho de 2013

Ocupado


 É como descreveria minha situação nestes últimos dias. Queria ter postado alguma tira, porém não pude. Como podem ver este post mesmo deveria ter saido quinta 06/06 só que não foi o que aconteceu.
 Bem choradeiras a parte, vou deixá-los a par do que estou fazendo: O lançamento de duas novas publicações do agora batizado Debiverso.


  O primeiro deles como já foi discretamente anunciado será SUPERGANG ESPECIAL nº1, com uma aventura inédita desse bando de super-heróis investigando o desaparecimento de uma cidade.
   Decidi que já era hora de dar um título solo para Supergang e essa é a primeira de muitos, assim espero.
 
   Mas mesmo assim eles continuam aparecendo no gibi do Debiloid's e por falar nisso esta prestes a sair um novo zine:
     
   DEBILOID'S, ALTAS DESVENTURAS outrora chamado "Tarja Preta" depois "Altas desventuras" e depois me sugeriram "Dedizotam" (referencia a remédio tarja preta, entenderam?), mas dai dei uma de teimoso e fiquei com ALTAS DESVENTURAS mesmo.


Um sombrio desgraçado título onde exercito minha amargura e a dos meus personagens. Talvez os pessimistas de plantão gostem, se é que vão gostar de alguma coisa...

No decorrer das próximas semanas vocês terão mais informações sobre os dois fanzines, mas em tempo ambos estarão disponíveis no evento Multiverso ComicCon. Onde também pode ter outras coisas...

 
//


 E por fim acompanhem o último ARGCast sobre crossovers Marvel/DC em que eu participei.

Daniel HDR recebe Rogério DeSouza (eu!), Luis Garavelo (Quadrim), Sandro Hojo (Gibissauro), Luis Modesti (Uarevaaa) e Alexandre NerdMaster (Paranerdia) para relembrarem os primeiros crossovers entre personagens das editoras Marvel e DC Comics. Num tempo quem que estes encontros de super-heróis eram eventos grandiosos e balançavam as estruturas do mercado de quadrinhos, Homem-Aranha uniu forças com Superman, Batman cruzou o caminho do Hulk (e sobreviveu), Os X-Men lutaram ao lado dos Novos Titãs, Darkseid defendeu Apokolips de Galactus, entre tantas outras histórias memoráveis (e algumas nem tanto).

Saiba mais sobre o “Batsalompas”, roupas de verão de Galactus, “KirbyDots”, cervejas com gosto de repolho, além de crossovers pensados pelos participantes! Tudo comentado e muito ilustrado, só para você (que não é preguiçoso e nos dá acesso aqui pelo website) ouvir o episódio e ver as imagens! Divirta-se!

terça-feira, 7 de maio de 2013

ARGcast sobre Homem de Ferro e seus 50 anos

Olá! Mais uma vez solto esta voz aveldada para mais um ARGCast, falando dos cinquenta anos do Homem de Ferro, o Iron man pros gringos!
Participo junto com o host  Daniel HDR , Giusepe Casagrande, Zé Borba e Sérgio Coveiro (do Marvel 616) batendo um papo sobre a criação desse personagem, nossas lembranças sobre ele e claro seus filmes, lembrando que gravamos isto antes do último filme e não tem nenhum spoiler apenas especulações.
Ouçam ai e admirem até que ponto posso gostar da Scarlett Johansson (Cruzes!!)... 

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Falando de Stan lee e seus 90 anos!

Stan Lee é uma figura! Ele colaborou na criação da maioria dos herois da Marvel e fez muitas firulas por ai! Participei desse ArgCast que conta sua trajetória de erros e acertos! Também estão lá meus camaradas de Argcast, Fabiano "prof. Nerd" Silveira, Daniel HDR e Rafael "Algures" Rodrigues do MdM e Uarévaa! Confiram ai!

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Problemas da Criacão #23


A beira do apocalipse dos quadrinhos 
Por Rogério DeSouza


 Realmente essa piada de fim de mundo rende. Isso começou com os Maias que por um senso de humor muito inteligente fez um calendário com tempo limitado para os estudiosos contemporâneos o encontrarem e especularem que esses espertos Maias previram o fim dos tempos.

 Das duas uma, se for o fim mesmo espero que seja rápido e indolor se não, os espíritos desses Maias se erguerão do túmulo e rirão das nossas caras.

  É; o fim está ai. Nos quadrinhos temos sinais claros disso, tenho ouvido isso desde a década de 90, desde o surgimento da internet e dos scans, da morte de Will Eisner, Sérgio Bonelli, Moebius, Joe Kubert, do fim das tiras do Calvin e Haroldo, da ascensão do mangá, da compra da Marvel pela Disney, da perda de inspiração de Frank Miller... Enfim.

  Atualmente, as trombetas do apocalipse dos quadrinhos têm soado muito desde o reebot da DC comics que gerou coisas como Before Watchmen e de tabela a saída da editora Karen Berger do selo Vertigo.
Eu não a conhecia, apenas as publicações que editava que não eram poucas, iam desde Monstro do Pântano até 100 balas. Karen é uma profissional muito bem quista em seu meio e sua saída da editora deu certa comoção aos fãs dos quadrinhos de qualidade adultos assim como artistas que trabalharam com ela.

  Muitos profetizam assim como os Maias de que este é o prenuncio do fim do selo Vertigo o que significa o fim das histórias em quadrinhos de qualidade, o fim das histórias em quadrinhos para muitos leitores. Pode ser o fim, enquanto aqui no Brasil a cooperativa de artistas independentes, denominada Quarto Mundo fechou as suas portas devido a inúmeros fatores, entre eles mudanças no cenário das HQs independentes e desequilíbrio de funções. Essa desgraceira toda só corrobora para que a piada Maia seja real e esta ao nosso alcance.

Sabem o que penso disso? Ao ver meu sobrinho com um ano de idade, constato uma coisa:

 Ainda há gente nascendo no mundo e eventualmente parte dessas pessoas vai aprender a ler, escrever ou desenhar, independente do que seja, vão ser consumidores ou criadores, mas nós não pensamos neles e sim no fim do nosso mundo passado, sem perspectivas por que o que tinha graça já passou para nós, velhos e rancorosos. Não temos paciência para transmitir o que nós aprendemos e gostamos adiante, desistimos dos consumidores de leite com pêra e ovomaltino. Talvez tenha sido nosso erro darmos tanto valor ao Jack Kirby e esquecemos os contemporâneos que ainda vivem fazendo o agora. Deixamos nossa “adultíce” afetar nossos jovens que zombamos por não terem vivido nosso tempo e ignoramos o deles. Admito que de maneira saudável seja até bom tirar sarro dos jovens e seus gostos, mas logo eles estarão na nossa posição de consumidor e criador e o que podemos fazer é indicar o caminho, se não o fizermos, o mercado o fará. Eu acho que por tais razões o fim (ou a piada Maia) esteja próximo de acontecer, muitos de nós já largaram deste mundo sem remorso deixando de sofrer a cada “calamidade”.

 Mas ao ler coisas como “Astronauta- Magnetar” ver iniciativas de quadrinhos como as do FIQ, a do site Jovem Nerd que surpreendeu lançando o álbum “Independência ou Mortos”, indicações de quadrinhos alternativos a prêmios e listagens mais diversas pouco fora de seu meio e grupos de artistas independentes que se juntam para realizar suas próprias obras, sem falar de diversas outras coisas. Depois disso tudo eu me pergunto se realmente é o fim.
Acho que talvez seja uma piada dos Maias ao qual posso dispor ao meu favor, pois tenho que fazer alguma sátira sobre o fim do mundo em meio a essa confusão e é ai que entra a questão da oportunidade. Coisas que editoras menores e artistas tem que enxergar e o público tem que conferir.
Mas perdemos nosso tempo “profetizando” o fim do mundo enquanto ele gira e os antigos Maias de uma forma ou de outra estão rindo de nossas amarguras.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

No ArgCast sobre Vingadores!

Mais uma vez compareço no Argcast para falarmos dos herois mais poderosos da Terra que esta se aventurando espetacularmente nos cinemas. Num papo bem humorado Junto com o pessoal do Quadrim, falamos mais das origens dos herois nos quadrinhos e de certas "qualidades" físicas de seres artificiais.

Ouça agora!


E espere pela parte2 no Quadrim.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Promoção ArgCast + Nerd Head

Coloque sua criatividade à prova e participe da promoção que o Dinamo Studio e a Nerd Head Store estão promovendo aos ouvintes do ArgCast! É simples! Você manda para nós
(email CONTATO@ARGCAST.COM) um desenho feito por você, onde será apresentada a sua versão para um dos clássicos vilões dos Vingadores: o SUPER ADAPTÓIDE. Quem ele é? Veja AQUI! As 3 idéias mais originais para um novo visual do super-vilão (que apresenta características de diversos membros dos Vingadores) concorrem a 3 vales-compra na loja virtual da NERD HEAD (especializada em Action Figures, Estatuetas, Camisetas e demais colecionáveis sobre cultura nerd). Confira aqui o regulamento! E LEIA ATENTAMENTE, pois você tem até 14 de maio de 2012. Mexa-se, faça sua pesquisa, ponha sua criatividade para funcionar e PARTICIPE!!


segunda-feira, 5 de março de 2012

No ArgCast #86 - Batman: O melhor de todos!!



  Olá, minha gente! Dessa vez estou eu participando de mais um Argcast (com a voz mais viril que nunca... Ahahaha!) acompanhado de Mano Araújo, Emerson Vasconcelos e meu amigo Daniel HDR. Onde comentamos sobre a recente lista da revista inglesa Comic Heroes, onde foram eleitos os 50 maiores heróis das Histórias em Quadrinhos, tendo Batman na primeira colocação.

Divirtam-se!

http://www.cursodequadrinhos.com.br/podcast/86/

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Problemas da Criação #16



AÇÃO EXECUTIVA
Por Rogério DeSouza


Bom, muitos vêem quadrinhos como arte. Um meio de se expressar através da grafia do traço, na narrativa das imagens e sensibilidade nos textos. Afinal de contas estamos falando da nona arte. No entanto o artista necessita se sustentar, se quer viver disso precisa vender sua arte, sempre foi assim e sempre será.

Vejamos dois pontos primeiro:

Mauricio de Sousa e Bill Watterson dois artistas distintos.


Mauricio de Sousa é criador da Turma da Mônica, a mais de quarenta anos e sendo publicados ininterruptamente no Brasil e alguns países. Antes Mauricio começou como repórter policial, depois largou o oficio deprimente e começou a fazer tiras do Bidu, depois vieram o Cebolinha, Cascão e a Mônica (inspirada em uma de suas filhas) a partir daí o sucesso aumentou a tal ponto que contratou colaboradores e resolveu ampliar o universo dos seus personagens. Hoje os vemos animações, camisetas, tênis, brinquedos, etc...

Bill Watterson é um chargista americano, em 1985 começou com as tiras de Calvin e Haroldo (Calvin and Hobbes) alcançando fama em todo o mundo ao contar as histórias do garoto hiperativo Calvin e seu tigre de pelúcia que na imaginação do menino andava e falava com ele. Sua obra influenciou muitos artistas no meio, mas nunca comercializou seu trabalho colocando seus personagens em lancheiras, camisas, brinquedos, etc. Subitamente em 1995 se aposentou e passou a se dedicar a pintura.

Falo desses exemplos, pois além de serem artistas aos quais tenho admiração, ambos tem o controle sobre aquilo que produzem no caso Mauricio de Sousa deixou parcialmente de fazer as suas tiras para se dedicar a administrar a imagem de suas criações, já Bill Watterson largou tudo de vez para se dedicar apenas a arte e não permite que ninguém utilize suas criações.

Agora vamos ao terceiro lado da história, Jerry Siegel e Joe Shuster em 1938 criaram um dos mais conhecidos personagens de todos os tempos: Superman (Super-homem para os conservadores.)


O personagem foi grande sucesso de vendas em sua época, no entanto, seus criadores sequer tinham seus nomes citados nos créditos de criação, por muitos anos. Tardiamente foram lhe dados o devido reconhecimento e até hoje seus herdeiros brigam com a editora pelos lucros envolvidos com a imagem do homem de aço.
Hoje muitos personagens estão nas mãos das grandes editoras e corporações do entretenimento. Ou seja, você acha que Stan Lee tem o controle sobre o que é feito com o Homem Aranha? Engana-se, apesar de seu nome estar lá, Stan Lee já não trabalha mais com suas criações da Marvel, deixando tudo nas mãos dos editores e executivos da empresa e recebendo apenas royalties.
É assim que se resumem as editoras Marvel e DC, são parte de um conglomerado do entretenimento e como tal vive de lucros. Se não vende é cancelado, mesmo tendo qualidade, é simples. Se as vendas estão baixas mudanças tem que acontecer e ai surge alguma grande saga para mudar o status do personagem e assim causar interesse de leitores novos e antigos fiéis que compram qualquer coisa do personagem.
Sim, há boas histórias escritas por bons artistas como Grant Morrison, Alan Moore, Frank Miller, Brian Michael Bendis e outros. Mas são meramente pontuais, trabalhos contratados de pessoas que tentam arrumar a bagunça de outras num ciclo interminável de incoerência. Se você for pontual com o que lê, pode até encontrar boas histórias nas grandes editoras, no Brasil é um pouco difícil, pois estamos presos aos “mixies” onde geralmente apenas uma história da revista é boa.
O grande problema dos quadrinhos do mainstream são seus financiadores, pessoas acostumadas em números e vendas sem nenhum sentimento com quem faz ou lê as histórias tomando decisões muitas vezes inequívocas.
O que esses executivos ou donos de editoras deveriam fazer é pesquisar não o mercado, mas sim o público. Saber o que todos gostamos e o que não gostamos, arriscar com novidades e por ai vai.
E o que o público faz a respeito? Pelo que eu vejo ou continuam acomodamente comprando ou reclamam muito no Twiter, nos fóruns, nos comentários de matérias relacionadas e em seus blogs pessoais (como aparentemente estou fazendo). Sob protesto, muitos deixam de comprar ou baixam scans, na esperança que baixando as vendas vá atingir os executivos, que como disse só vê números e não faz pesquisa de opinião. E o que você acha que eles vão fazer? Matar um grande personagem, fazer uma nova saga ou um reboot mudando tudo novamente, é isso.
Sou um pouco insistente com relação do contato entre o leitor e a editora, pode parecer inviável, mas se formássemos grupos de leitores, fornecermos números, catálogos, interesses a essas editoras, talvez possamos contrabalançar esses problemas. Todos esses personagens saíram do controle de seus criadores há décadas e estão sob o controle de artistas de estilos distintos, de editores submissos com idéias adversas e os executivos que querem lucros em seus investimentos.

Em outro parâmetro, temos o Mangá. Embora tenha certo nível comercial, a grande maioria de seus autores tem controle sobre suas obras e muitas vezes largam a serie para produzir animação dela. Por depender totalmente da eficiência do artista, muitas dessas séries saem com atraso de meses e até anos. Para sanar isso, alguns contratam colaboradores para cenários e coisas mais complexas. De qualquer forma, o mangá é um exemplo a ser seguido em matéria de ter o controle sobre o que fazer com seu trabalho autoral mesmo com o risco da ocidentalização.

Os executivos do lado ocidental muitas vezes não entendem o que faz dessas obras interessantes ao tentarem adequar ao seu mercado e o resultado muitas vezes é vexatório.

Bom, a questão do artista novato é qual o rumo que ele quer tomar, se quer “comercializar” sua obra ou quer apenas fazer "arte". O importante é ter o controle da sua obra tanto no seu lado comercial ou artístico, manter padrões e alterá-los quando for necessário. Seguir tendências não é exatamente um crime se for uma coisa bem feita e coerente ao seu estilo. E se no futuro pensar em só viver de royalties, tenha um pouco de consideração com seus admiradores e garanta que seu legado esteja sendo mostrado de maneira apresentável.
Confesso aqui que viso trabalhar com meus personagens em outras mídias senão quadrinhos, afinal eu adoro animações, cinema e videogame, vê-los nessas mídias poderia ser criativamente desafiador. Também a aqueles que gostam de meus personagens, oferecer coisas como camisas e bonés... Megalomaníaco pode até ser, mas penso no futuro dos meus familiares, na criação de um mercado mais amplo de quadrinhos e demais seguimentos do entretenimento aqui no Brasil.
Claro, tem o outro lado, abriria mão de milhões para não fazer alguma coisa que não tenha absolutamente nada relacionado com o que faço ou tenha nenhuma afinidade com o que gosto.
Acho importante o artista manter as rédeas daquilo que cria, assim como Bill Watterson que não deixa mexerem em seus personagens mesmo tendo deixado de fazer sua produção com apenas uma década e assim como Maurício de Sousa que licencia os seus sob rígidas condições de traço e abordagem das histórias. Se deixarmos tudo para os outros corremos o risco de desiludir pessoas que admiravam essas criações e no fim começam a discutir infinitamente em seus twitters, fóruns e blogs abalando o interesse sobre a nona arte.
Quanto aos leitores, reitero que não se pode esperar muito de personagens licenciados por grandes editoras a não ser conseguir o contato direto seja qual for o jeito, pois são grandes elefantes que não enxergam nada além de sua necessidade e sobrevivência, temos que apenas chamar sua atenção sobre nossas necessidades. Quem sabe possamos parar as sagas manjadas, mortes/ressurreições e reboots sem sentido e apenas ler boas histórias.

Com a palavra:

Bill Waltterson

Entrevista com Mauricio de Sousa, feita ha algum tempo sobre seu trabalho. (Universo HQ) PARTE1 e PARTE2

Mark Millar (Superman: Foice e Martelo, Supremos) sobre o "reboot" da DC comics e grandes editoras.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Problemas da criação - O começo

Guerra entre herois

Por Rogério DeSouza


Dei uma de doido e criei uma coluna de opinião, pois vejo tanta gente dizendo cada barbaridade na internet que uma bobajada a mais não vai fazer a diferença! Ehehehehhehehheh!

Mas falando sério agora, neste momento estou intrigado com uma coisa que vem acontecendo nos últimos anos nos quadrinhos de heróis e por quê não, nas demais mídias em geral e seus seguimentos: A má administração das histórias. Seria apelação das grandes editoras ou estúdios? Falta de criatividade? Dificuldades no mercado em se aprimorar devido aos prazos? O público que faz as escolhas erradas? Ou excesso de exigência do mesmo? Falta ou desinteresse tanto do público quanto da mídia em se comunicarem abertamente sobre a qualidade do produto em questão? A vontade de escrever esta coluna me veio após comprar e ler críticas sobre a saga INVASÃO SECRETA, escrita por Brian Michael Bendis, sobre a definitiva invasão da raça transmorfa Skrull ao planeta Terra. A trama foi iniciada de forma discreta desde que o escritor assumiu a revista dos Novos Vingadores culminando nesta Invasão que segundo os especialistas se tornou uma história “decepcionante”.


Sem querer parecer um “emo” isto me deixou mais triste do que decepcionado, por assim dizer. Não porque eu paguei pela revista ou me senti ofendido pela conclusão pífia, mas é o meu lado como criador de histórias que me dói mais. Brian Michael Bendis é um dos meus roteiristas favoritos e escreveu muita coisa boa, no entanto, tanto Invasão Secreta quanto Dinastia M foram muito criticadas, a segunda citada até gostei, sabem? Sei lá, a saga tentou sanar um problema no universo Marvel que eram as histórias dos mutantes, melhorando a qualidade das mesmas segundo fontes diversas. Outra conseqüência interessante foi fazer o Wolverine se lembrar de todo seu passado (o que na minha opinião faz parte da evolução natural do personagem) e o retorno do Gavião Arqueiro, que realmente não devia ter morrido no “Vingadores – A Queda”. Depois veio a GUERRA CIVÍL uma reviravolta na vida de todos os heróis da editora, sem contar as sagas em paralelo como Aniquilação e Planeta Hulk amplamente elogiadas.

Estou enrolando, não é? Então vamos focar as coisas, não que eu seja um expert em fazer histórias e tal, mas faço isso mais como um exercício de como fazer ou como não fazer.
Como não li Invasão Secreta com mais atenção vou me voltar para outra saga mais antiga a GUERRA CIVÍL escrita por Mark Millar, como um exemplo. O plot é interessante, depois de uma ação desastrosa de um grupo de jovens heróis que resultou na morte de centenas de pessoas entre elas crianças de uma escola próxima, o governo decide que todos os heróis devem se registrar e trabalhar para ele. Em suma, nada mais seria a mesma coisa para os heróis coisa que os fãs mais exigentes querem: mudanças. É claro que boa parte dos heróis que ocultam suas identidades não gostou da idéia e isso dividiu em dois grupos: Anti-registro (liderados adivinhem... Pelo Capitão América!) e os Pró-registro (chefiados pelo Homem de Ferro). Muita gente se surpreendeu com o fato do herói patriota ser contra uma lei governamental, eu cheguei nesta conclusão: O Capitão America não representa o governo e sim o povo americano por conseqüência o ideal da liberdade. Ele é o lado mais nobre do que o povo americano deveria ser. Já o Homem de Ferro, sua decisão é um pouco mais profunda, creio que desde que fundou os Vingadores se viu no meio de seres que podiam destroçar exércitos, controlar tempestades, destruir o planeta com apenas um gesto ou dominar mentes e Tony Stark (Homem de Ferro), apesar de usar uma armadura super tecnológica é um humano, portanto preocupado com os assuntos da humanidade com relação aos super-seres, embora seu convívio com os mesmos lhe de uma empatia com os mesmos.

Eu diria que muitos fãs ficaram chocados com as atitudes de certos personagens no decorrer da saga, como o fato de criarem um Thor artificial ou o Capitão pedir o apoio de alguns criminosos. Essa tal incoerência na característica dos personagens não me desagradou como a outros e só tornou a história mais tensa.

O que explodiu meus miolos foi o Homem-Aranha que era pró-registro ter revelado publicamente sua identidade secreta e durante a saga se arrepender disso, o que deixou a Marvel em xeque com as histórias do herói. Foi uma grande coragem fazerem isso, mas e agora? Uma coisa que prego aos meus personagens é nunca deixá-los numa situação radical demais, a menos que possa fazer boas histórias em cima disso ou os fãs aceitarem de bom agrado. Como fazer histórias do Aranha sendo um eterno fugitivo, casado e com uma Tia idosa para cuidar? A despeito do que foram mostrados em outras mídias sobre o herói aracnídeo?


A solução não seria das melhores, óbvio! Seria impossível criarem algo plausível que não parecesse forçado e ganhamos a história “One More Day”! Um lamentável retrocesso, mas necessário.

Voltando á Guerra Civil, sua conclusão para mim, parece bem acertada. Um dos lados para e pensa no meio de uma luta épica: “POMBA! SOMOS HEROIS! O QUE DIABOS ESTAMOS FAZENDO?!”

Esta iluminação veio do próprio Capitão America que vendo a destruição que a “guerra” causou, se rendeu e foi preso para em seguida ser “morto” em sua revista mensal.

Já o Homem de Ferro se tornou “persona non grata” entre os heróis anti-registro inclusive o próprio Thor que voltou e não gostou nem um pouco em ser clonado numa das melhores histórias que já li.

Uma coisa que muitos reclamaram foi a morte de personagens sem importância como foi o caso do Golias, que seja mequetrefe, mas sua morte foi uma das coisas mais tristes e dramáticas que já li. Foi um foco de grande importância na psicologia dos personagens, como gosto de criar personagens também crio coadjuvantes que para o leitor pode ser alguém sem importância, mas dentro da trama com o personagem dentre os principais que o conhecem tem o seu valor.

Ah! Queriam que matassem quem? O Homem Aranha? É preciso entender que as vezes dependendo do personagem é preciso de um certo “planejamento” para se realizar alguma coisa do gênero sem falar que tramas estavam correndo em paralelo e outros autores precisavam de determinados personagens.

Mas o que levaram eles a criarem uma trama como esta? Por favor esqueçam o dinheiro por um minuto e reflitam. Estávamos em plena era Bush/pós 11 de setembro, as atitudes do presidente em relação com o resto do mundo inspirou muito artistas assim como provavelmente essa história. E como Mark Millar é conhecido por fazer histórias de cunho político/social a oportunidade caiu em suas mãos.

Criar a discussão sobre o registro de heróis já é um mérito, mesmo sendo uma coisa ficcional.

Concluindo, coloquei meu ponto de vista sobre determinada história assim como farei com outras com o passar do tempo. Espero que não tenha incomodado vocês com este texto longo, mas quis ser bem detalhista.

Ah! Invasão Secreta ainda não por completo mas assim que o fizer vou colocar minhas “analises” aqui.

Continuem lendo amigos! (seja gibis ou um livro...)