terça-feira, 15 de março de 2016
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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015
Guerra Digital - Parte03
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Problemas da criação - O começo
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Por Rogério DeSouza
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Dei uma de doido e criei uma coluna de opinião, pois vejo tanta gente dizendo cada barbaridade na internet que uma bobajada a mais não vai fazer a diferença! Ehehehehhehehheh!
Mas falando sério agora, neste momento estou intrigado com uma coisa que vem acontecendo nos últimos anos nos quadrinhos de heróis e por quê não, nas demais mídias em geral e seus seguimentos: A má administração das histórias. Seria apelação das grandes editoras ou estúdios? Falta de criatividade? Dificuldades no mercado em se aprimorar devido aos prazos? O público que faz as escolhas erradas? Ou excesso de exigência do mesmo? Falta ou desinteresse tanto do público quanto da mídia em se comunicarem abertamente sobre a qualidade do produto em questão? A vontade de escrever esta coluna me veio após comprar e ler críticas sobre a saga INVASÃO SECRETA, escrita por Brian Michael Bendis, sobre a definitiva invasão da raça transmorfa Skrull ao planeta Terra. A trama foi iniciada de forma discreta desde que o escritor assumiu a revista dos Novos Vingadores culminando nesta Invasão que segundo os especialistas se tornou uma história “decepcionante”.
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Sem querer parecer um “emo” isto me deixou mais triste do que decepcionado, por assim dizer. Não porque eu paguei pela revista ou me senti ofendido pela conclusão pífia, mas é o meu lado como criador de histórias que me dói mais. Brian Michael Bendis é um dos meus roteiristas favoritos e escreveu muita coisa boa, no entanto, tanto Invasão Secreta quanto Dinastia M foram muito criticadas, a segunda citada até gostei, sabem? Sei lá, a saga tentou sanar um problema no universo Marvel que eram as histórias dos mutantes, melhorando a qualidade das mesmas segundo fontes diversas. Outra conseqüência interessante foi fazer o Wolverine se lembrar de todo seu passado (o que na minha opinião faz parte da evolução natural do personagem) e o retorno do Gavião Arqueiro, que realmente não devia ter morrido no “Vingadores – A Queda”. Depois veio a GUERRA CIVÍL uma reviravolta na vida de todos os heróis da editora, sem contar as sagas em paralelo como Aniquilação e Planeta Hulk amplamente elogiadas.
Estou enrolando, não é? Então vamos focar as coisas, não que eu seja um expert em fazer histórias e tal, mas faço isso mais como um exercício de como fazer ou como não fazer.
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Eu diria que muitos fãs ficaram chocados com as atitudes de certos personagens no decorrer da saga, como o fato de criarem um Thor artificial ou o Capitão pedir o apoio de alguns criminosos. Essa tal incoerência na característica dos personagens não me desagradou como a outros e só tornou a história mais tensa.
O que explodiu meus miolos foi o Homem-Aranha que era pró-registro ter revelado publicamente sua identidade secreta e durante a saga se arrepender disso, o que deixou a Marvel em xeque com as histórias do herói. Foi uma grande coragem fazerem isso, mas e agora? Uma coisa que prego aos meus personagens é nunca deixá-los numa situação radical demais, a menos que possa fazer boas histórias em cima disso ou os fãs aceitarem de bom agrado. Como fazer histórias do Aranha sendo um eterno fugitivo, casado e com uma Tia idosa para cuidar? A despeito do que foram mostrados em outras mídias sobre o herói aracnídeo?
A solução não seria das melhores, óbvio! Seria impossível criarem algo plausível que não parecesse forçado e ganhamos a história “One More Day”! Um lamentável retrocesso, mas necessário.
Voltando á Guerra Civil, sua conclusão para mim, parece bem acertada. Um dos lados para e pensa no meio de uma luta épica: “POMBA! SOMOS HEROIS! O QUE DIABOS ESTAMOS FAZENDO?!”
Esta iluminação veio do próprio Capitão America que vendo a destruição que a “guerra” causou, se rendeu e foi preso para em seguida ser “morto” em sua revista mensal.
Já o Homem de Ferro se tornou “persona non grata” entre os heróis anti-registro inclusive o próprio Thor que voltou e não gostou nem um pouco em ser clonado numa das melhores histórias que já li.
Uma coisa que muitos reclamaram foi a morte de personagens sem importância como foi o caso do Golias, que seja mequetrefe, mas sua morte foi uma das coisas mais tristes e dramáticas que já li. Foi um foco de grande importância na psicologia dos personagens, como gosto de criar personagens também crio coadjuvantes que para o leitor pode ser alguém sem importância, mas dentro da trama com o personagem dentre os principais que o conhecem tem o seu valor.
Ah! Queriam que matassem quem? O Homem Aranha? É preciso entender que as vezes dependendo do personagem é preciso de um certo “planejamento” para se realizar alguma coisa do gênero sem falar que tramas estavam correndo em paralelo e outros autores precisavam de determinados personagens.
Mas o que levaram eles a criarem uma trama como esta? Por favor esqueçam o dinheiro por um minuto e reflitam. Estávamos em plena era Bush/pós 11 de setembro, as atitudes do presidente em relação com o resto do mundo inspirou muito artistas assim como provavelmente essa história. E como Mark Millar é conhecido por fazer histórias de cunho político/social a oportunidade caiu em suas mãos.
Criar a discussão sobre o registro de heróis já é um mérito, mesmo sendo uma coisa ficcional.
Concluindo, coloquei meu ponto de vista sobre determinada história assim como farei com outras com o passar do tempo. Espero que não tenha incomodado vocês com este texto longo, mas quis ser bem detalhista.
Ah! Invasão Secreta ainda não por completo mas assim que o fizer vou colocar minhas “analises” aqui.
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Continuem lendo amigos! (seja gibis ou um livro...)