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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Problemas da Criacão #23


A beira do apocalipse dos quadrinhos 
Por Rogério DeSouza


 Realmente essa piada de fim de mundo rende. Isso começou com os Maias que por um senso de humor muito inteligente fez um calendário com tempo limitado para os estudiosos contemporâneos o encontrarem e especularem que esses espertos Maias previram o fim dos tempos.

 Das duas uma, se for o fim mesmo espero que seja rápido e indolor se não, os espíritos desses Maias se erguerão do túmulo e rirão das nossas caras.

  É; o fim está ai. Nos quadrinhos temos sinais claros disso, tenho ouvido isso desde a década de 90, desde o surgimento da internet e dos scans, da morte de Will Eisner, Sérgio Bonelli, Moebius, Joe Kubert, do fim das tiras do Calvin e Haroldo, da ascensão do mangá, da compra da Marvel pela Disney, da perda de inspiração de Frank Miller... Enfim.

  Atualmente, as trombetas do apocalipse dos quadrinhos têm soado muito desde o reebot da DC comics que gerou coisas como Before Watchmen e de tabela a saída da editora Karen Berger do selo Vertigo.
Eu não a conhecia, apenas as publicações que editava que não eram poucas, iam desde Monstro do Pântano até 100 balas. Karen é uma profissional muito bem quista em seu meio e sua saída da editora deu certa comoção aos fãs dos quadrinhos de qualidade adultos assim como artistas que trabalharam com ela.

  Muitos profetizam assim como os Maias de que este é o prenuncio do fim do selo Vertigo o que significa o fim das histórias em quadrinhos de qualidade, o fim das histórias em quadrinhos para muitos leitores. Pode ser o fim, enquanto aqui no Brasil a cooperativa de artistas independentes, denominada Quarto Mundo fechou as suas portas devido a inúmeros fatores, entre eles mudanças no cenário das HQs independentes e desequilíbrio de funções. Essa desgraceira toda só corrobora para que a piada Maia seja real e esta ao nosso alcance.

Sabem o que penso disso? Ao ver meu sobrinho com um ano de idade, constato uma coisa:

 Ainda há gente nascendo no mundo e eventualmente parte dessas pessoas vai aprender a ler, escrever ou desenhar, independente do que seja, vão ser consumidores ou criadores, mas nós não pensamos neles e sim no fim do nosso mundo passado, sem perspectivas por que o que tinha graça já passou para nós, velhos e rancorosos. Não temos paciência para transmitir o que nós aprendemos e gostamos adiante, desistimos dos consumidores de leite com pêra e ovomaltino. Talvez tenha sido nosso erro darmos tanto valor ao Jack Kirby e esquecemos os contemporâneos que ainda vivem fazendo o agora. Deixamos nossa “adultíce” afetar nossos jovens que zombamos por não terem vivido nosso tempo e ignoramos o deles. Admito que de maneira saudável seja até bom tirar sarro dos jovens e seus gostos, mas logo eles estarão na nossa posição de consumidor e criador e o que podemos fazer é indicar o caminho, se não o fizermos, o mercado o fará. Eu acho que por tais razões o fim (ou a piada Maia) esteja próximo de acontecer, muitos de nós já largaram deste mundo sem remorso deixando de sofrer a cada “calamidade”.

 Mas ao ler coisas como “Astronauta- Magnetar” ver iniciativas de quadrinhos como as do FIQ, a do site Jovem Nerd que surpreendeu lançando o álbum “Independência ou Mortos”, indicações de quadrinhos alternativos a prêmios e listagens mais diversas pouco fora de seu meio e grupos de artistas independentes que se juntam para realizar suas próprias obras, sem falar de diversas outras coisas. Depois disso tudo eu me pergunto se realmente é o fim.
Acho que talvez seja uma piada dos Maias ao qual posso dispor ao meu favor, pois tenho que fazer alguma sátira sobre o fim do mundo em meio a essa confusão e é ai que entra a questão da oportunidade. Coisas que editoras menores e artistas tem que enxergar e o público tem que conferir.
Mas perdemos nosso tempo “profetizando” o fim do mundo enquanto ele gira e os antigos Maias de uma forma ou de outra estão rindo de nossas amarguras.

domingo, 25 de dezembro de 2011

Problemas da Criação #18



Acessibilidade da linguagem

Por Rogério DeSouza

Meses atrás, o estúdio de dublagem Álamo fechou suas portas dando certo ar de que algo não vai bem no mundo das pessoas que tornam os filmes estrangeiros mais acessíveis a pessoas pouco interessadas e com pouca grana para fazer cursinho de inglês.
Como conseqüência, isso deixa margem para as distribuidoras usarem o trabalho de estúdios de dublagem menos qualificados comprometendo até mesmo a qualidade de alguns filmes traduzidos.

Vamos começar este assunto com o meu ponto de vista em relação a ver filmes, animações e seriados dublados:

TANTO FAZ.

Passei a infância vendo TV aberta, tanto desenhos como filmes e séries, portanto o fato de serem dublados não me perturba nem um pouco. Vejo filmes legendados também, mas cada coisa é uma coisa, no cinema mais especificamente onde o meu foco esta para o filme em si, além disso, vejo como os atores interpretam seus personagens e peculiaridades na maneira como falam, etc... Em casa, eu vejo dublado mesmo, pois é onde não tenho a atenção total para o filme, óbvio que a tecnologia hoje em dia proporciona que o DVD tenha canais de linguagem e isso notoriamente pesa quando vou comprar ou alugar um filme, salvo algumas exceções, claro.
O que me motivou a escrever este texto fora o fechamento do estúdio Álamo foi ler uma matéria no Segundo Caderno do jornal Zero hora de 21/07/2011 falando sobre aumento de versões dubladas nos cinemas para mim não seria problema nenhum se não fosse por um, porém, existem cinemas que só exibem cópias dubladas. Na minha opinião, isto é errado, muito errado. Não se pode tirar as pessoas o direito de verem a versão original dos filmes, na matéria em questão fala que o Cinemark do shopping de Canoas (RS) só exibe seus filmes em cópias dubladas para atenderem uma demanda mais popular, obrigando as pessoas que preferem o original a irem para a capital. Os cinemas, especialmente os de shopping possuem mais de duas salas e na maioria das vezes exibem duas vezes o mesmo filme e não custa nada colocarem as duas opções de linguagem.

Os problemas de filmes dublados como as pessoas me comentam é que são chamariz para presença de crianças nas salas de cinema que na maioria das vezes não se comportam e pessoas jovens ou adultas que também se comportam da mesma maneira. Sem falar que os estúdios têm a mania um tanto infeliz de chamar “celebridades” não atores para dublar pensando, a meu ver, de maneira pouco inteligente em atrair um público maior.
Falando um pouco sobre dublagem, até onde eu sei, eram os estúdios contratados por representantes dos estúdios de cinemas americanos, pelas distribuidoras desses filmes ou redes de TV aberta.
Ha vários estúdios de dublagem como a Herbert Richards, BKS, Delart, Wan Mächer, Marshmallow, Cinecastro, Cinevideo, VTI Rio e outros... Os estúdios cariocas são os meus preferidos.
Os profissionais do ramo trabalham por hora, as vezes chegam a dublar vários filmes, séries, animações em um único dia. Antigamente os dubladores trabalhavam numa mesma sala, mas com o avanço da mixagem eles podem fazer isso individualmente. O dublador geralmente é um ator, o que facilita na hora de interpretar determinado ator estrangeiro ou personagem de desenho animado até alguns ficam famosos com isso, como é o caso do gradissíssimo Orlando Drummond que dublou personagens como Scooby – Dôo, Popeye, Gargamel, Alf e outros.
Atualmente eventos de animes e de outros gêneros de cultura pop convidam estes profissionais para palestras e interação com o público.

Para mim a dublagem, bem feita, ajuda na acessibilidade do conteúdo estrangeiro em nosso país. E não passando por cima do original como foi o caso do último filme dos Muppets onde não havia nenhuma copia original do filme gerando certa onda de reclamações, mas os mesmos reclamavam que o sapo Caco agora passou para o seu nome de original “Kermit”, assim como hoje em dia Super - homem passou a ser Superman para não gastarem na tradução dos rótulos de produtos, coisas de executivos.

Outra coisa que me intriga quanto a acessibilidade de idioma são extras dos DVDs. Não, eles não precisão ser dublados, mas sim LEGENDADOS, muitos filmes vem sem legendas nos extras (mesmo sendo duplos) que é o mínimo básico para se ver algo traduzido e isto é irritante. Tanto quanto um filme ser vendido aqui no Brasil com dublagem em espanhol e francês acrescido com a língua original. Ainda não sei quanto ao Blue-Ray, que tem mais espaço virtual.

Com o avanço da tecnologia das mídias visuais, cinemas com varias salas em shoppings, eu acho que essa briga entre material original e material dublado poderia ser resolvida muito bem se os responsáveis tivessem um bom senso quanto colocar seus produtos em mercados estrangeiros. E nem precisamos brigar tanto entre nós, principalmente quando sua TV por assinatura possui a tecla SAP se não tiver, troque ou baixe.

Ver filmes legendados ajuda também quando você quer aprender algum idioma e torna se possível sua leitura mais dinâmica.
Mas não pense que isto é coisa de “primeiro mundo” nem os americanos vêem filmes legendados e tão pouco dublados, até vão além criando suas próprias versões de filmes de outros países como “O chamado”, Quarentena (Rec no original) e agora estão pensando em fazer um com Oldboy... Então, esta discussão de ver material com idioma estrangeiro está por toda a parte, pois vivemos num mundo de várias culturas e idiomas, é só uma questão de como você quer vê-lo.

Sinceramente acho que os filmes dublados ou não, em pouco alteram na trama e na imagem de um filme, seriado ou desenho animado desde que suas traduções forem bem feitas e coerentes (os filmes legendados também têm erros sabiam?).


Com a Palavra:


Entrevistas do Jovem Nerd com:









Exemplo de uma dublagem amadora:




sexta-feira, 3 de junho de 2011

No Animextreme...

Atrasado mas taí...

Nos dias 14 e 15 de Maio passado, estive no evento AnimeXtreme coordenando a parte de
fanzines. O evento ocorreu no colégio La salle São João em Porto Alegre RS.

Como todo evento do Gênero, tinha gente de todo tipo:
Dois Kratos?! Ah! No God of War 2 teve esse negócio
de paradóxo temporal...

Chapolin se deu bem!

Essas se puxaram... Só não sei do que é este cosplay...


Digo o mesmo desses dois!




Elfa azul... Uau!

Jedis com lightsabre de verdade?


Mais Kratos!! (gostei dessa foto acidental.)




Desculpem a sinceridade...



Eeeei!! Jovem nerd? Azaghal? Mas isso foi num evento há dois anos atrás!!! O que essa foto faz aqui?!?!

Também foi o lançamento da HQ independente Debiloid's - O Advento dos Super Herois, mas ainda tá a venda Debiloid's, o Evento o que seria interessante para quem vai nesses encontros.




Ficamos num bom lugar e a chuva ajudou um pouco no movimento.




Clientes gostaram do fanzine...


Até ficaram um pouco espantados com seu conteúdo!


E tentaram desvendar seus mistérios...

Mas heróis e vilões que são o tema do gibi, aprovaram o título!







Enquanto isso, na área de fanzines o pessoal se divertiu e ainda fizeram seus lançamentos também. Depois farei uma matéria especial sobre esses artistas indenpendentes.

Agradecimentos a Daniel HDR, Rodjer Goulart, Amanda Paiva, Jader Correa, Mathias Streb, Andréia "Deia" Cristina, Alexandre Soares, Daniel Rodrigues Dias, Denilson dos Reis, Júnior Neuvald, Vinícius Lanius, Jonathan Pires, Anderson Ferreira, Diego Moreira, Luís Aurélio Fogazzi, Giovana de Filippo Low, organizadores do AnimeXtreme e aos cospleyers de boa vontade.