Mostrando postagens com marcador super-heróis. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador super-heróis. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

ARGCast sobre os Super-Heróis Brasileiros com Franco de Rosa

Já disse antes que o descrédito a criação de super-heróis brasileiro é em parte uma mania de "vira-lata" que temos a coisas da cultura pop produzidas em nosso país que com o tempo, apesar de nossa situação, espero que mude.
Para ajudar nisso, lançamos mais um ARGCast sobre este assunto, com a participação de um dos grandes nomes do quadrinhos nacional Franco de Rosa que fez uma pesquisa para o novo Yearbook da Chiaroscuro.

Eu (Rogério DeSouza), Daniel HDR, Ana Recalde, Sandro Hojo, Rafael Rodrigues e Matheus Vale conversam com escritor/editor/quadrinhista FRANCO DE ROSA, que conta sobre sua prolífica carreira iniciada ainda jovem, aos 15 anos. Além de comentar sobre o histórico dos Super-Heróis criados no Brasil, seu objeto de pesquisa para o livro GRANDE ALMANAQUE DOS SUPER-HERÓIS BRASILEIROS, editado por Joe Pradro, e lançado na CCXP 2019, dentro do projeto YEARBOOK, da Chiaroscuro Studios.

Uma viagem no tempo , desde como se produzia quadrinhos, fanzines e cartum nos áureos anos 1960/1970, a efervescente cena editorial dos anos 1980, e como o gênero das HQs de Super-Heróis SEMPRE esteve presente na produção nacional.

Ouçam lá
https://dinamo.art.br/podcast/204/


Aproveito para deixar minha matéria sobre os Super-heróis BR (de 2010), onde dou meu pitaco sobre isso.


http://www.debiverso.com.br/2010/03/problemas-da-criacao-06.html



Eu com 6 ou 7 anos com fantasia do Capitão 7

quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

Herói tem Natal também


sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Receio de ação diabólica




sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Podcast sobre a sublime despedida de um herói

Esta é uma história emocionante que serve para provar que gibis de super-heróis não é só porradaria entre heróis e vilões.


  Neste episódio 202 do ArgCast, Que não lembro ter participado, Daniel HDR reune Ana Recalde, Ivo Hell Kleber, Andy Nakamura e Matheus Vale para relembrarem uma obra subestimada por alguns, mas que fala profundamente ao leitor que sofreu com a perda de um ente querido em virtude do Câncer: A MORTE DO CAPITÃO MARVEL, escrita, desenhada e colorida por JIM STARLIN.

Conheça a trajetória do guerreiro Mar-Vell, e sua tocante trajetória até a morte.

Ouça e não deixe de comentar aí se você já leu, se tem curiosidade em ler, ou se evitou ler!



Ouça!


E também apoie o ARGCast!

domingo, 23 de abril de 2017

Problemas da Criação #29


  

O que esta havendo com a casa de idéias?
E umas dicas pretenciosas para publicar universos de super-heróis

Há quase um mês, houve uma reunião surpresa entre os diretores do alto escalão da editora Marvel e os principais lojistas de quadrinhos dos EUA (e um do Canadá) para discutirem sobre como atrair mais leitores e as causas da quedas de vendas dos gibis da editora (Que estão perdendo terreno para a concorrente DC comics).
 
  Sabem, eu gosto desse tipo de situação. Sentar e colocar as “cartas na mesa” diante de um problema, falarem abertamente o que esta acontecendo de fato, segundo a opinião de quem esta debatendo.
   
    Esta faltando muito disso hoje em dia.

    No entanto a reunião era mais “corporativa”, só que revelou os problemas das grandes editoras diante do êxodo de leitores nos últimos anos e como a interferência corporativa em querer resgatá-los tem o efeito contrário.

    Mas por que este assunto me interessa?
    Afinal eu sou um ARTISTA INDEPENDENTE, autor de Debiloid’s cujo último trabalho até a presente data (23/04/17) é Debiloid’s Terror e ainda este ano teremos um novo título...
    Bem, jabás a parte, vou esclarecer o porquê este assunto me interessa.

    Primeiro, apesar de tudo, eu leio e curto histórias destes personagens e sempre que possível acompanho o que acontece em suas histórias embora em sua maioria não seja tão atrativa, tanto que só tenho me atraído por encadernados com personagens e arcos de história específicos. E qualquer fato sobre alguma mudança, editorial ou do universo dos personagens é do meu interesse.
    Segundo, apesar de fazer quadrinho de forma independente a das grandes editoras, isso de certa forma nos atinge, pois as pessoas estão lendo menos quadrinhos em geral e ponto. Disputamos com outras mídias que além da TV e cinema, temos a INTERNET.
   Sim, há maneiras de usar esta mídia a nosso favor como o portal Social Comics, usar financiamento coletivo o Cartase, Apóia-se e outros, ou criar um site ou blog próprio como este ao qual você esta lendo. Se você tiver pelo menos umas quinhentas pessoas que lêem assiduamente o que você produz já é um lucro.
   Mas é difícil disputar o tempo de entretenimento de uma pessoa com tanta cultura visual como o YouTube por exemplo e olha que nem citei literatura e Games...

   Voltando ao assunto Marvel, nesta reunião os lojistas expuseram algumas causas das baixas vendas de quadrinhos.   
   Esses tópicos eu peguei de uma matéria do site Terra Zero, escrita por PEDRO KOBIELSKI ao qual originou este texto.

  A descaracterização dos personagens e o excesso de legado eu acho que esse não é o real problema, legado não é ruim, passar o manto para outro herói mais jovem um dos melhores foi a da atual Miss Marvel, outrora era a Carol Denvers e hoje é a jovem mulçumana Kamala Khan e a Carol assumiu o manto do há muito falecido Capitão Marvel, se tornando a “Capitã” (em inglês o nome não muda). Foi uma excelente jogada. E diversidade dos novos heróis cria mais identificação entre os leitores de etnias e gêneros diversos.


  Mas isso tem que ser bem feito, principalmente com personagens icônicos como o Homem de Ferro, toda uma trama deve ser construída e o substituto deve ser bem introduzido ao universo do herói ao qual tenha a devida afinidade e identificação necessária. Não simplesmente jogá-lo no lugar do outro.
  Porém, uma coisa que me inquieta é a mudança constante do personagem, vide o Capitão America que morreu, voltou, ficou velho, voltou, virou vilão e por aí vai. É um habito um pouco irritante, não só da Marvel, que eles não mantém o personagem num só estado por muito tempo o que dificulta o retorno de antigos leitores e a manutenção deles.

   Deixem o cara quieto, por favor!


 Já o excesso de eventos e reboots, esse sim é um problema. No início os grandes eventos eram para juntar heróis e arrumar a cronologia. Era legal ver a interação entre os heróis contra um inimigo ou problema comum, mas começou a perder o controle quando viram que isso aumentava as vendas.



 Então virou sagas em cima de sagas e edições interligadas, os famosos “time ins” que interferiam nos títulos solos de alguns personagens (boa parte não tinha nem envolvimento na trama principal) e isso confundia mais o leitor e até obrigava a comprar outros títulos que não eram do seu interesse. Fora que muitas dessas sagas não levavam em nada a continuidade em geral ou alteravam demais o status de alguns desses personagens  

Sem falar que o movimento da “máquina editorial” dificulta o gerenciamento de talentos e artistas acham cada vez mais vantajosos criar seus próprios projetos autorais do que trabalhar para uma grande editora cuja intromissão corporativa interfere na fluidez da trama e os prazos muito curtos desgastam os artistas.

Estratégias editoriais de lançar encadernados com preços convidativos é uma faca de dois gumes. Por um lado é uma maneira viável ao leitor ter a história completa em mãos, mas isso “mata” o ganha pão de uma grande editora: Os gibis mensais. Mas estes são os que mais sofrem com os fatores citados acima, culminando em queda de vendas. Não acho que séries mensais limitadas (que vão a determinada numeração) sejam ruins.

Se me permitem dizer, sempre quis falar sobre como uma grande editora de universo de heróis deve produzir seu material. Acho que devem abraçar novos meios de publicação. As mensais em especial devem ser diminuídas, acho que elas serviriam melhor para personagens em grupos onde pode se desdobrar a trama para mais de um protagonista e trabalhar mais em arcos históricos, assim não cansa o leitor e pode haver mudanças temporárias de equipes criativas.
Mini-séries mensais, one-shots e graphic novels são outras formas que eu defendo.
E acabem com os time ins.
Os artistas têm que ser valorizados, pois são eles que constroem grande parte deste universo imaginário acho que deve rever prazos razoáveis, ter maior liberdade criativa (nem tanto, pois pode criar um excesso criativo descabido e já falei disso antes) e oferecer um selo ao qual o artista pode fazer suas histórias autorais, tipo Vertigo ou antigo selo Epic da Marvel o que pode atrair autores experientes e de prestígio. Embora em termos de vendas não seja uma maravilha é um investimento válido para manter bons artistas nas editoras.  

O mais importante de tudo: FAZER BOAS HISTÓRIAS.
Mas isso é muito relativo, pode ser bom para uns, ruim para outros e uma obra de arte para alguns... Pessoas são complicadas.

Por fim, essas editoras que se danem!
O mais importante é meu material! Vou vender muito Debiloid’s e acho que deveria ter uma periodicidade maior, quem sabe todo mês. Mas para isso preciso de mais desenhistas e roteiristas e vender mais gibis para pagar eles. Quem sabe venda direitos a estúdios de cinema e TV, poderia fazer mais gibis e sagas com os meus personagens envolvendo todos os títulos e aí... Hã... Epa!