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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Sobre Sergio Bonelli...









Na última segunda feira, o mundo da nona arte ficou de luto com o falecimento do famoso editor e roterista italiano Sergio Bonelli.

Ele comandava a principal editora do país da bota que publicava revistas (ou fumettis) de personagens como Tex, criação de seu pai Gian Luigi Bonelli e outros como Ken Parker, Nathan Never, Julia, Dylan Dog, Magico Vento e outros...

Como autor, criou personagens como Zagor e Mister No (este último suas histórias no inicio se passavam na região amazônica do Brasil.) .




Confesso que não lia muito gibis da Bonelli a não ser é claro Dylan Dog, com histórias de terror e mistério.

Mas é inegavel que a editora Bonelli tem em seu catálogo uma respeitavel linha de quadrinhos desde faroeste até ficção-científica. Suas histórias eram sólidas e contidas, muitas bem escritas e bem desenhadas.


Estive pensando muito em um formato ideal para públicar e fazer histórias e sempre achei o estilo fumetti o próximo do ideal, um exemplo a ser seguido e até reverenciado.


Presto aqui, mesmo que tardiamente esta homenagem a Sergio Bonelli e ao seu trabalho como editor deixando um legado para todos nós artistas e que na medida do possível, façamos jus a ele.




quinta-feira, 24 de março de 2011

Problemas da Criação #14



A iniciativa dos tolos
Por Rogério DeSouza

Suponhamos que as redes de TV trabalhem com índices de audiência para determinar sua programação. Digo isso porque muitos não acreditam nisso, mas quem dá audiência a determinados programas de gosto, digamos duvidoso?
Eu não vejo BBB, por exemplo, mas o programa esta firme e forte no ar ocupando espaço de coisas melhores ou arrastando bons programas para a madrugada onde poucos podem assistir.
E quem votou no Tiririca? Eu com certeza não, mas muitos votaram e dizem que foi por protesto. Se for assim porque não votaram em alguém competente com propostas reais ou simplesmente anulassem seu voto?

Se dermos uma olhada por cima, diremos que há certa comoção para permitir que coisas que muitos achem insensatas aconteçam. Certa vez um amigo meu se queixou que uma banda internacional do circuito alternativo não faria mais um show em Porto Alegre (capital do Rio Grande do Sul) por um motivo: Falta de público. Em contrapartida um show do Luan Santana enche estádios inteiros...
Lembram do “Problemas da Criação 10” onde discuto sobre o ódio a determinado gosto que as pessoas tem a coisas populares. Porque estas coisas se tornam populares?
A meu ver, isso se deve a pessoas que sabem atingir seu público, por mais idiota que a idéia possa parecer elas tomam as iniciativas necessárias para conseguir o que querem. Assim como qualquer votação em um determinado grupo se mobiliza para que suas causas alcancem seu propósito.
Se me permitem dizer, acho que pessoas que tem gostos mais apurados ou alternativos simplesmente não se mobilizam, não acreditam que seu trabalho possa atingir a massa ou nem quer saber de atingir ninguém. O que me deixa um tanto perplexo é que estas mesmas pessoas reclamam da cultura das massas, tem uma vasta bagagem cultural que pode dividir com muitos.

Vejamos esta situação:

Quem lê quadrinhos conhece um personagem dos anos noventa de nome Spawn. Eu lia suas revistas e colecionei até o número 101. Mas este personagem é o símbolo de tudo que foi de ruim nos anos 90, segundo muitos amantes da nona arte, por suas histórias com muita imagem e pouco conteúdo. A revista era publicada aqui no país nos anos 90 até seu cancelamento em 2008.
Pois bem, Leandro Cruz, grande fã do personagem resolveu criar um manifesto pedindo o retorno do personagem às bancas.

Muitos desses amantes da nona arte diriam que ele é um tolo, pois isto não levará a nada e que sua campanha é inútil, etc.
Ao contrário do que alguns dizem a respeito disso eu acho a campanha do rapaz muito válida e digo louvável, pois ele tomou uma iniciativa, iniciativa tola. Espero muito que ele consiga seu intento e que possa ler seus gibis que tanto gosta.
Que tal os fãs de Akira fazerem o mesmo? Ou os fãs de Dylan Dog? Vamos tomar uma iniciativa tola e abrir mão de alguns preconceitos e desconfianças com relação ao público e ao mercado o que temos a perder?


Outra iniciativa estranha, mas bem sucedida foi na cidade de Detroit nos Estados Unidos, onde foi feita uma petição para a construção de uma estatua do Robocop que lógico a prefeitura não acatou então os fãs do Policial do futuro fizeram uma campanha para arrecadar dinheiro para fazerem uma por conta própria... E conseguiram!


Tudo esta como esta porque alguns tomaram iniciativa se mobilizando e outros não.
Os jovens egípcios com certeza concordariam com isso.

E o que isso tem a ver com criação? Se você criou uma história ou personagem e o esta divulgando para Deus e todo mundo, você já esta tomando uma iniciativa.
Se você esta se juntando a um grupo de artistas para fazerem um projeto em conjunto para atingirem um público maior, isto é uma iniciativa.
Se você opta por se dedicar apenas seu próprio mundo, tudo bem, não é errado. Mas por favor, não venha reclamar depois...

Também é uma boa iniciativa instigar as pessoas a lerem e assistirem coisas legais e verem seu ponto de vista sem insultar o gosto alheio. Afinal quem gosta de ser chamado de tolo?

Às vezes devemos tomar algumas iniciativas tolas para seguirmos em frente e espalhar o bom senso nas pessoas.

Quem sabe podemos mudar esta situação...
Genial tira de Laerte Coutinho.