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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Problemas da Criacão #23


A beira do apocalipse dos quadrinhos 
Por Rogério DeSouza


 Realmente essa piada de fim de mundo rende. Isso começou com os Maias que por um senso de humor muito inteligente fez um calendário com tempo limitado para os estudiosos contemporâneos o encontrarem e especularem que esses espertos Maias previram o fim dos tempos.

 Das duas uma, se for o fim mesmo espero que seja rápido e indolor se não, os espíritos desses Maias se erguerão do túmulo e rirão das nossas caras.

  É; o fim está ai. Nos quadrinhos temos sinais claros disso, tenho ouvido isso desde a década de 90, desde o surgimento da internet e dos scans, da morte de Will Eisner, Sérgio Bonelli, Moebius, Joe Kubert, do fim das tiras do Calvin e Haroldo, da ascensão do mangá, da compra da Marvel pela Disney, da perda de inspiração de Frank Miller... Enfim.

  Atualmente, as trombetas do apocalipse dos quadrinhos têm soado muito desde o reebot da DC comics que gerou coisas como Before Watchmen e de tabela a saída da editora Karen Berger do selo Vertigo.
Eu não a conhecia, apenas as publicações que editava que não eram poucas, iam desde Monstro do Pântano até 100 balas. Karen é uma profissional muito bem quista em seu meio e sua saída da editora deu certa comoção aos fãs dos quadrinhos de qualidade adultos assim como artistas que trabalharam com ela.

  Muitos profetizam assim como os Maias de que este é o prenuncio do fim do selo Vertigo o que significa o fim das histórias em quadrinhos de qualidade, o fim das histórias em quadrinhos para muitos leitores. Pode ser o fim, enquanto aqui no Brasil a cooperativa de artistas independentes, denominada Quarto Mundo fechou as suas portas devido a inúmeros fatores, entre eles mudanças no cenário das HQs independentes e desequilíbrio de funções. Essa desgraceira toda só corrobora para que a piada Maia seja real e esta ao nosso alcance.

Sabem o que penso disso? Ao ver meu sobrinho com um ano de idade, constato uma coisa:

 Ainda há gente nascendo no mundo e eventualmente parte dessas pessoas vai aprender a ler, escrever ou desenhar, independente do que seja, vão ser consumidores ou criadores, mas nós não pensamos neles e sim no fim do nosso mundo passado, sem perspectivas por que o que tinha graça já passou para nós, velhos e rancorosos. Não temos paciência para transmitir o que nós aprendemos e gostamos adiante, desistimos dos consumidores de leite com pêra e ovomaltino. Talvez tenha sido nosso erro darmos tanto valor ao Jack Kirby e esquecemos os contemporâneos que ainda vivem fazendo o agora. Deixamos nossa “adultíce” afetar nossos jovens que zombamos por não terem vivido nosso tempo e ignoramos o deles. Admito que de maneira saudável seja até bom tirar sarro dos jovens e seus gostos, mas logo eles estarão na nossa posição de consumidor e criador e o que podemos fazer é indicar o caminho, se não o fizermos, o mercado o fará. Eu acho que por tais razões o fim (ou a piada Maia) esteja próximo de acontecer, muitos de nós já largaram deste mundo sem remorso deixando de sofrer a cada “calamidade”.

 Mas ao ler coisas como “Astronauta- Magnetar” ver iniciativas de quadrinhos como as do FIQ, a do site Jovem Nerd que surpreendeu lançando o álbum “Independência ou Mortos”, indicações de quadrinhos alternativos a prêmios e listagens mais diversas pouco fora de seu meio e grupos de artistas independentes que se juntam para realizar suas próprias obras, sem falar de diversas outras coisas. Depois disso tudo eu me pergunto se realmente é o fim.
Acho que talvez seja uma piada dos Maias ao qual posso dispor ao meu favor, pois tenho que fazer alguma sátira sobre o fim do mundo em meio a essa confusão e é ai que entra a questão da oportunidade. Coisas que editoras menores e artistas tem que enxergar e o público tem que conferir.
Mas perdemos nosso tempo “profetizando” o fim do mundo enquanto ele gira e os antigos Maias de uma forma ou de outra estão rindo de nossas amarguras.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Problemas da Criação #22


De quem é esta obra?

Por Rogério DeSouza


   Quando você faz um trabalho que você gosta e se dedica mostra isso ao público, você esta exibindo idéias de sua cabeça para pessoas que nem ao menos você conhece, mas elas o conhecerão através disso. Se cair no gosto popular, esse trabalho que você gosta de fazer para si a princípio será reverenciado pelas pessoas criando uma legião de fãs. Você procura usar isso para se sustentar e assim fazer outros trabalhos, mas o engraçado é que depois de muito tempo você percebe que o seu trabalho, suas idéias que você colocou ali e trabalhou muito para realizá-lo não é mais seu.
    O que quero colocar aqui é um impasse, sobre o artista e o público. Quando uma obra passa a ser de todos? O quanto o artista tem direito sobre ela depois disso? É engraçado até. Você pode ter direitos sobre a obra, mas as pessoas se apropriarão dela muitas vezes interpretando algo que pouco tem a ver do que você criou inicialmente e às vezes nem adianta argumentar sobre isso. A linha de pensamento de certos admiradores é tão imaculada, que nem o próprio criador pode intervir ou alterar algo que considere errado ou usar uma nova idéia em cima daquilo, você estaria traindo seus próprios princípios que às vezes você nem sabia que o tinha, numa coisa que faz para você por diversão.
  Um caso que se encaixa como uma luva neste assunto é a do diretor e produtor George Lucas, criador da série de filmes Star Wars. Perdoem-me por bancar o advogado do diabo, mas em instancia os fãs de seus filmes antigos literalmente se apropriaram de sua obra tendo uma compreensão muito mais ampla que o próprio criador.

Em sua primeira intervenção ele usou efeitos digitais para incrementar e dar uma ampliação de seu universo e foi financeiramente bem sucedido, no entanto veio a polêmica em uma cena em que originalmente o mercenário Han Solo atira em um caçador de recompensa, George Lucas muda e faz com que o caçador atire primeiro fazendo com que Han atire em seguida dando uma motivação mais justa ao herói do que fazê-lo matar alguém friamente. Puxando pela lembrança achei a cena original muito corrida, creio que o diretor também achou isso e resolveu que devia alterar a cena sem ter idéia o quanto isso iria “estragar” o personagem. Depois dos protestos George Lucas tentou se justificar de todas as maneiras e só piorou depois dos lançamentos até aquele momento aguardados dos episódios 1, 2 e 3 onde o diretor queria colocar novos elementos como “Midi chlorians” e personagens como “Jar Jar Binks” que foram execrados pelos fãs. Fora sua imperícia na direção; transformaram essa nova trilogia numa mancha desagradável na franquia e George Lucas ficou como o cara que só pensa em lucrar com Star Wars.

 Coisa semelhante aconteceu com Matrix (que por coincidência venceu de Star Wars episódio I o Oscar de efeitos visuais no ano 2000) que após o bem sucedido  primeiro filme em 1999, seus criadores queriam ampliar suas idéias e acabaram complicando as coisas e até hoje seus fãs consideram Matrix um filme único e ignoram as continuações, com exceção da animação “Animatrix” que foi bem elogiada.
Num episódio do escatológico desenho animado South Park eles satirizam George Lucas e sua mania de alterar seus filmes clássicos, em um dos diálogos há a discussão com um dos personagens sobre a propriedade da obra, um dos personagens retruca respondendo:
- Não é seu. É de todos nós.



Realmente, uma vez que a idéia toma forma e sai da nossa mente, ela sai pelo mundo, se torna independente e não há muito a fazer a respeito disso você tem que responder as pessoas, pois elas que dão combustível a idéia.
   No entanto, andei lendo no jornal sobre um cineasta que ganhou um prêmio em Veneza que disse não faz seus filmes para o público, ele faz o filme para si. Isto me intriga. Nós admiramos os artistas independentes por fazerem coisas para si e não questionamos isso, eles estão no conforto de não responder a ninguém por seus trabalhos. Eles podem mudar o estilo e a história à vontade e seu público responderá positivamente ou negativamente pouco importa.
 Afinal, a obra é dele ou é de todos nós?

  Não tenho uma resposta concreta a isso, apenas a minha opinião.
 Para ser sincero, o artista tem todo direito de fazer o que quer com sua obra independente do que o público ache afinal a idéia é dele e as regras são dele e temos que aceitar senão abandonamos e procuramos outra coisa.
 Porém, é o público que compra a idéia e a sustenta.
 A qualidade do material tem que estar em sincronia com a exigência do público seja qual for o grau.
 O que acho que falta é ambos os lados saberem disso.
 Nós temos que ter certo tato com o público, não dar exatamente aquilo que ele quer e sim criar uma necessidade, um interesse e deixar claro o nosso jeito de trabalhar e conduzir uma história, mostrar a todos que você sabe o que esta fazendo.

 Você pode vender essa idéia para outros executarem se eximindo de qualquer coisa que façam melhor ou pior que você ou ter certo controle de tudo que fazem, já disse isso em “Problemas da Criação 16 – Ação Executiva”.

  Também já alterei coisas antigas que já fiz como nas histórias do fan fiction “Menores do Amanhã” e ainda bem que não tenho o nível de popularidade tamanha para causar estranhamento entre as pessoas que apreciam meu trabalho. Imagine só alguém ter o profundo conhecimento da psicologia de meus personagens e encontrar sentido para as coisas totalmente diferentes do que havia pensado.
Assim como o universo de Star Trek (Jornada nas Estrelas) onde os fãs sabem o idioma dos alienígenas da série e até ritos que duvido que o criador tenha planejado. O filme Galaxy Quest (Heróis fora de órbita) satiriza essa situação.

Esta para mim essa é a grande ironia no meio da criação.

domingo, 2 de setembro de 2012

Problemas da criação #21



Ficção VS Realidade 
Por Rogério DeSouza

 Tenho notado que muitos artistas tem se esforçado para criar histórias ficcionais mais calcadas com a realidade deixando-as do tipo “pé no chão” para ter certa familiaridade com o público. E por mais que tentem sempre haverá incoerência com a realidade que querem casar e as pessoas que vão jogar isso na sua cara, pois nada é mais real do que a própria realidade, você pode fazer um Super- homem realista uma Branca de Neve realista, mas tudo não passará de bobagens para pessoas que se preocupam com problemas do dia a dia, como política, sociedade, meio ambiente e ai vai.
   Eu digo que nenhum filme, animação ou história em quadrinho pode ser tão real quanto à realidade a não ser na forma de documentário, daí chegaria próximo a um noticiário ou a um jornal que as pessoas compram todos os dias.
   O que se pode usar da realidade é transmitir uma mensagem, um valor no meio de nuances para entreter como uma fictícia epidemia de cegueira, para mostrar de outra forma a sociedade como ela é ou poderia ser se aquilo realmente acontecesse.



 O nosso mundo real serve como inspiração para o mundo ficcional assim pode acontecer o contrário dentro das limitações de nosso lado real, pois o mundo fictício não tem limitações a menos que o artista a imponha.

 

 Por esse motivo me vejo contrário a essa exaltação do realismo exacerbado contra o mundo ficcional, acusando a falta de leis e modos que se aplicam na nossa realidade em coisas que em essência é fruto da fantasia e do esteticismo artístico. Pode sim usar o realismo como muleta ou uma metáfora para fazer uma análise dos acontecimentos que nos rodeiam servindo para nos ajudar e ensinar alguma coisa, mas isto não pode impedir do Flash correr à velocidade a luz e nem impedir que um homem possa ficar invisível e explicar esses dois fatores usando o nosso conhecimento científico não é o suficiente a ficção precisa de mais elementos e acontecimentos prováveis e improváveis para tornar isso possível, se é que precise ser explicado. É onde entra uma coisa chamada criatividade.
 

 No filme “O Último Grande Herói” estrelado por Arnold Schwarzenegger que interpreta um herói de cinema de ação chamado Jack Slater, que graças a um jovem fã sai da tela de cinema para o mundo real atrás de um vilão, a certa altura da história o garoto se vê preocupado com o seu herói de mentira no mundo “real” e Jack o questiona o porquê deixou de confiar nele de repente, o jovem Danny Madigan responde seriamente para ele mais ou menos assim: “a realidade é uma droga”.



 Nada contra a realidade, mas é isso mesmo. Não há herói, não há vilão, apenas problemas, conflitos, desentendimentos sem sombra de solução e momentos de felicidade, amor, esperança sem palavras de efeito grandes comemorações. Com ou sem recompensa ou castigo, totalmente imparcial. Tudo misturado numa mesma cadeia de acontecimentos sem concessão.
  Não há explosões no espaço, nem viajantes do tempo, mas isso não deixa a realidade menos interessante; por isso nos baseamos nela para construir universos ficcionais e torná-los mais abrasivos ao espectador. Claro que existem mundos fictícios que também são uma “porcaria” como o universo de Mad Max ou a realidade de Taxi Driver, mas sempre há um heroi e um vilão a ser combatido.

 

  É covarde da parte de alguns minimizarem histórias de ficção só pelo simples fato de ver um homem voar sem qualquer equipamento ou qualquer coisa que desafiem a física e a lógica de nosso mundo. Pois eles sabem que não haveria argumento para contradizer a realidade que nos cerca.



 Sinto-me contrariado quando isto parte dos próprios artistas que se dizem realizar obras realistas, mas que fazem histórias ficcionais disfarçadas de realistas e por isso se acham superior a tudo no âmbito criativo.

 

 Não é o caso de idolatria a ficção e sim constatar que é uma bobagem tentar confrontar a ficção com a realidade e usar a realidade para destruir a ficção para justificar seus gostos pessoais com certo gênero, eu posso até estar exagerando, mas é como um "mal ateu" criticar a fé de alguém só pelo simples fato daquilo segundo ele não existir de verdade e não ser comprovadamente palpável a nossa realidade assim causando desconforto a esta pessoa.
   Quando criamos a ficção, relevamos elementos naturais e científicos para criarmos fenômenos, feitos e situações cotidianas diferentes do que acontece de verdade. Não se nega o que existe, só se usa termos para tornar a história com maior verossimilhança possível para os olhos do público em geral, quem não enxerga isso não sabe o que é o conceito da ficção.
  Se num mundo existe um vigilante mascarado que enfrenta centenas de homens em combate, ele existe, foi treinado de uma forma diferente do que qualquer pessoa preparada no mundo real possa estar para aquele tipo de conflito, pois naquela situação ele pode fazê-lo. Se não levarmos isto em conta ele é apenas um louco fantasiado me levando a constatação que as pessoas não sabem realmente separar as coisas.
 

  Não adianta colocar conceitos lógicos em idéias fantasiosas como a magia ou seres espaciais, se chamar um físico para comparar é óbvio que ele vai dizer que aquilo não existe segundo tudo o que ele aprendeu em seu ofício, pois as pessoas que criam esses conceitos nem sempre são estudiosos e quando são, podem subverter alguns princípios básicos do que sabem para caber na realidade que criaram.



 Como disse antes, não sou contra realidade e sim contra usá-la para diminuir o gênero ficcional. Sim, podemos brincar sobre essas incoerências com nossa realidade e nos divertir muito com isso, mas como eu trabalho nesse seguimento me vi obrigado a defender essa manifestação criativa. Claro, isto não é desculpa para fazer histórias ruins.

 

  Vejo que no final das contas as pessoas querem um mundo de ficção que não seja de ficção, um reallity show ao vivo onde pessoas fazem o que fazem normalmente e ganham dinheiro e fama na maioria das vezes sem terem talento algum. Daqui a pouco vão analisar as incoerências em desenhos do Pernalonga.
  E toda vez que ver uma foto de criança passando fome no Facebook terei que queimar todas as minhas criações e quem sabe abrir uma lojinha que venda itens para truques de mágico numa estação de trem qualquer na vã esperança de acreditar que possa existir uma ínfima chance de alguém querer ver magia neste incomensurável e frio mundo real.

 

domingo, 19 de agosto de 2012

Problemas da criação #20


 O fim

 Por Rogério DeSouza 


 Não! Não! O “Problemas da criação” não vai acabar! Esse título se refere a uma das partes derradeiras de uma história, o fim. Em parte disso se deve após ver o final de Batman – O cavaleiro das trevas ressurge que conclui a trilogia criada pelo diretor Christopher Nolan que iniciou com os ótimos Batman Begins e depois Cavaleiro das trevas.
 
 É interessante sentir o ar de despedida dessa série de filmes, embora sempre haja novas versões de Batman no cinema, é a saida do diretor e de todo o elenco desta franquia. O olhar de Batman próximo ao final do filme nos reflete isso, um adeus. Saindo um pouco de Batman, coincidência ou não, conclui a leitura de um mangá que estava lendo há algum tempo por sugestão de amigos, chamado “Change 1 2 3”, a trama era de ação, humor e (para minha surpresa) erotismo escrita por Iku Sakaguchi e bem desenhada por Shiuri Iwasawa que contava a história de uma colegial que em segredo tinha três personalidades guerreiras distintas, desencadeadas por rígidos treinamentos feitos pelos seus três pais adotivos mestres em artes marciais após a traumática morte de sua mãe. Depois de uma boa leitura dos primeiros capítulos, me vi em sintonia com a trama e seus personagens como outro protagonista da historia que é um fã de Kamen Rider (herói muito popular no Japão cuja algumas séries já passaram aqui no Brasil) que descobre o segredo da garota e seguindo os princípios de seu herói resolve ajudá-la a lidar com suas personalidades que começam a gostar do rapaz. A trama em si tem momentos divertidos, muita pancadaria e... Bem! Calcinhas e partes da anatomia superior das mulheres a amostra, afinal (sou um sem vergonha) trata-se de um quadrinho japonês adulto masculino.

 

 Mas tirando isso me envolvi a tal ponto na trama e na história de seus personagens que ao ler o final admito que me caiu um “cisco no olho”, não só pelo sacrifício que foi feito por alguns personagens, bem ao estilo “Inception” que é outro filme de Christopher Nolan, vejam só vocês... Como saber que seria tipo a última vez que veria aqueles personagens daquela forma. Isto também me remeteu ao final de Toy Story 3, quando Andy já crescido dá os seus brinquedos para outra criança ou quando Frodo entra na barca se despedindo de todos seus amigos em “O Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei” e choca ver até o DeLorean ser destruído ao final do terceiro filme de “De volta para o futuro” como um amigo que se vai. Chegando até o final de Preacher, quadrinho que também acompanhava que finalmente saiu aqui no Brasil com um preço salgado.
 

















 Assim fica a lembrança do Batman do Nolan que se despede de nós com um leve sorriso e um sacrifício simbólico em plena luz do dia. Quando você chega à conclusão definitiva de uma história é como dizer um obrigado para o seu público. No teatro é assim, ao fechar as cortinas, o elenco se curva em agradecimento a todos aqueles que acompanharam o espetáculo do inicio ao fim.
     Na conclusão de sua história, emende todas as pontas soltas se possível. Digo isso, que você um dia pode querer fazer alguma coisa, como uma continuação dentro desse universo com outros personagens ou “spin off” como é chamado ou uma história anterior como é mais freqüente hoje em dia, é o que chamam de “prequel” (prequela). Se sua intenção é a não dar continuidade de sua obra, advirto sobre finais muito abertos que são fios condutores para um público mais especulativo que querem as coisas mais bem explicadas ou que ainda querem vivenciar ainda mais dentro deste universo. Muitos autores nunca planejam o final com antecedência deixando a história fluir por si só, no meu caso na maioria das vezes eu planejo o inicio, meio e o fim. Claro, posso alterá-lo se assim for necessário e ainda criando mais de um final o que seria interessante para usar um “final alternativo”.
      Em minha opinião, ter o começo, meio e fim planejados é o método mais seguro para construir uma história. Tenha cuidado com a incoerência, quem viu a série “Lost” sabe muito bem disso. O final tem que ser épico ou intimista, se você não sabe usar clichês evite-os, principalmente os tipos “novela” (casamento, igreja, bebês nascendo.). Tenha cuidado com o monstro da expectativa, muitos finais perdem sua força por isso. Reviravoltas podem ajudar bastante, mas não deixe isso jogado na trama, procure desenvolver e esconder a tal forma que o leitor/espectador se dê conta depois. Também use um “extra” ou epilogo que é praticamente um “bis” para o público ou um apêndice que explica o destino final dos personagens. Atualmente a única série que tenho idéias de conclusão é do meu fanfic Menores do Amanhã, mas vai demorar muito até chegar lá, ou não. Tenho um pensamento um tanto randômico com meus personagens e é difícil pensar numa história definitiva para eles no momento somente para histórias fechadas e não muito longas. A meu ver parte de se criar um fim para uma história longa é tocante, pois será a última vez que acompanharemos o dia a dia daqueles amigos e vamos deixá-los em paz e aproveitarem suas próprias vidas no limbo criativo.

 Pelo menos até o próximo “reboot”...


 

terça-feira, 24 de julho de 2012

Problemas da criação #19


Profissionalismo 
Por Rogério DeSouza

 Quando se trabalha em determinada função tipo médico você tem que estudar medicina só assim ter a permissão e experiência necessária para atuar em seu oficio, algumas funções até não exigem tanto. Quem empregá-lo dar-lhe, você deve seguir o seu horário e ser remunerado de acordo.

 Pouco diferente disso esta o ilustrador (ou desenhista) que hora trabalha em local fixo e hora faz freelancers, ou trabalho autônomo. Para isso tem que haver certo estudo na área de variados níveis dependendo a especialidade. Mas a profissão de ilustrador em questão não é encarada com seriedade por parte da sociedade deste país, tanto por falta de conhecimento sobre o oficio como por se tratar de algo ligado com “arte”, como se ser artista não fosse uma profissão.

  Você que desenha me diga quantas vezes já não te pediram para fazer um desenho de alguém ou alguma coisa? 

  É, no inicio é sempre assim, as pessoas pedem a você um “simples desenho”, você faz porque gosta e tudo bem, mas com o passar do tempo sua técnica vai se aprimorando e você tem planos quanto aos seus desenhos e no final das contas quer lucrar com eles. E é ai que a coisa complica, pois como disse acima, o trabalho como ilustrador não é visto no cunho profissional e você quer receber pelo seu trabalho que não é só apenas questão de arte, mas demanda tempo para mostrar rascunhos, finalização, colorização... Tudo isso é trabalhoso embora para o leigo não pareça, já que se trata de oferecer algo de qualidade para o cliente, que muitas vezes acha que não deve pagar por um esboço não aprovado. Não é só financeiramente que o artista não tem o reconhecimento devido. Mas como o cliente muitas vezes trata o profissional minimizando seu trabalho como coisa que qualquer um pode fazer, sem falar que o leigo não tem idéia de como quer o seu pedido, pois não tem a visão adequada para descrever o seu desejo ou na pior das hipóteses muda de idéia no meio do caminho desperdiçando o tempo (e a paciência) do profissional.

   Nos quadrinhos também não é diferente, pois muitos profissionais recebem por página como no caso dos comics ou por conjunto de tiras caso nos jornais diários. Claro há variações e também alguns descasos. Já ouvi situações em que artistas nem eram nomeados por seus trabalhos e as vezes recebiam um belo ”calote” depois do serviço pronto. Também mudanças editoriais que alteravam coisas já acabadas e atrasos por parte de terceiros, deixando o prazo já curto, inconciliável.
  Fazer quadrinhos aqui no Brasil como profissão é quase uma lenda, você precisa ter alguma outra profissão paralela que lhe dê sustento até que consiga algo palpável no ramo independente e mesmo assim não garantido. Muitos capitalizam seu trabalho através de doações ou vendendo produtos relacionados quando se trata de personagens. Isso é meio caminho andado para conseguir certo reconhecimento no meio.
  Se optar por desenhar no exterior, antes de qualquer coisa você precisa mostrar seu portfólio só assim você pode conseguir um agente ou fazer por conta própria contato com as grandes editoras, o que não é menos difícil.
   Em toda minha vida como desenhista, tive experiências diversas, as piores em minha opinião, são no ramo publicitário, cujo além dos prazos serem terrivelmente curtos, há sempre aquela mudança de última hora que põe tudo a perder. Você pode até receber por isso, mas no fim das contas não acho compensador para mim, não havendo escolha, tem que impor/expor os limites do que deve ser feito.
  Se você começar a se profissionalizar deve valorizar o seu trabalho orçando sua arte, considerando seu tempo e tipo de serviço tanto vindo da publicidade ou fazer caricaturas de pessoas.
 No caso se você mostrar seu portfólio por ai, aceite criticas e evolua sua arte. Cumpra prazos, isso ajuda muito no currículo.
 Aprenda a dizer NÃO. Recusar trabalhos cujo você suspeite que não seja ressarcido, que não leve a lugar algum ou que esta fora de seu alcance.
  Os maiores exemplos do que estou falando, estão no divertidíssimo blog do Divasca, o artista relata através de e-mails pedidos muitos absurdos de seus clientes, que por um momento você acha que é brincadeira, mas são muito coerentes e o autor começa a zoar todos os “clientes” desavisados.



 Daí, você pergunta: Vale à pena?

 Sim vale, afinal é uma profissão como qualquer outra e com a devida adesão e envolvimento por parte dos interessados, se torne algo mais respeitoso por parte da sociedade em geral.
 Digo isso porque estou me profissionalizando, não estou vendo mais meus desenhos apenas como mero passatempo, me exigindo mais e me dando o devido valor ao que eu faço.

  Você que não está familiarizado com a profissão de ilustração pense um pouco antes de pedir um “desenhinho” para um profissional, tenha Idéia do que realmente quer e o trabalho que o ilustrador terá para realizá-lo que por muitas vezes sacrifica, suas noites de sono, seus fins de semana e o tempo com sua família para realizar o que poucos conseguem fazer.

 

domingo, 25 de dezembro de 2011

Problemas da Criação #18



Acessibilidade da linguagem

Por Rogério DeSouza

Meses atrás, o estúdio de dublagem Álamo fechou suas portas dando certo ar de que algo não vai bem no mundo das pessoas que tornam os filmes estrangeiros mais acessíveis a pessoas pouco interessadas e com pouca grana para fazer cursinho de inglês.
Como conseqüência, isso deixa margem para as distribuidoras usarem o trabalho de estúdios de dublagem menos qualificados comprometendo até mesmo a qualidade de alguns filmes traduzidos.

Vamos começar este assunto com o meu ponto de vista em relação a ver filmes, animações e seriados dublados:

TANTO FAZ.

Passei a infância vendo TV aberta, tanto desenhos como filmes e séries, portanto o fato de serem dublados não me perturba nem um pouco. Vejo filmes legendados também, mas cada coisa é uma coisa, no cinema mais especificamente onde o meu foco esta para o filme em si, além disso, vejo como os atores interpretam seus personagens e peculiaridades na maneira como falam, etc... Em casa, eu vejo dublado mesmo, pois é onde não tenho a atenção total para o filme, óbvio que a tecnologia hoje em dia proporciona que o DVD tenha canais de linguagem e isso notoriamente pesa quando vou comprar ou alugar um filme, salvo algumas exceções, claro.
O que me motivou a escrever este texto fora o fechamento do estúdio Álamo foi ler uma matéria no Segundo Caderno do jornal Zero hora de 21/07/2011 falando sobre aumento de versões dubladas nos cinemas para mim não seria problema nenhum se não fosse por um, porém, existem cinemas que só exibem cópias dubladas. Na minha opinião, isto é errado, muito errado. Não se pode tirar as pessoas o direito de verem a versão original dos filmes, na matéria em questão fala que o Cinemark do shopping de Canoas (RS) só exibe seus filmes em cópias dubladas para atenderem uma demanda mais popular, obrigando as pessoas que preferem o original a irem para a capital. Os cinemas, especialmente os de shopping possuem mais de duas salas e na maioria das vezes exibem duas vezes o mesmo filme e não custa nada colocarem as duas opções de linguagem.

Os problemas de filmes dublados como as pessoas me comentam é que são chamariz para presença de crianças nas salas de cinema que na maioria das vezes não se comportam e pessoas jovens ou adultas que também se comportam da mesma maneira. Sem falar que os estúdios têm a mania um tanto infeliz de chamar “celebridades” não atores para dublar pensando, a meu ver, de maneira pouco inteligente em atrair um público maior.
Falando um pouco sobre dublagem, até onde eu sei, eram os estúdios contratados por representantes dos estúdios de cinemas americanos, pelas distribuidoras desses filmes ou redes de TV aberta.
Ha vários estúdios de dublagem como a Herbert Richards, BKS, Delart, Wan Mächer, Marshmallow, Cinecastro, Cinevideo, VTI Rio e outros... Os estúdios cariocas são os meus preferidos.
Os profissionais do ramo trabalham por hora, as vezes chegam a dublar vários filmes, séries, animações em um único dia. Antigamente os dubladores trabalhavam numa mesma sala, mas com o avanço da mixagem eles podem fazer isso individualmente. O dublador geralmente é um ator, o que facilita na hora de interpretar determinado ator estrangeiro ou personagem de desenho animado até alguns ficam famosos com isso, como é o caso do gradissíssimo Orlando Drummond que dublou personagens como Scooby – Dôo, Popeye, Gargamel, Alf e outros.
Atualmente eventos de animes e de outros gêneros de cultura pop convidam estes profissionais para palestras e interação com o público.

Para mim a dublagem, bem feita, ajuda na acessibilidade do conteúdo estrangeiro em nosso país. E não passando por cima do original como foi o caso do último filme dos Muppets onde não havia nenhuma copia original do filme gerando certa onda de reclamações, mas os mesmos reclamavam que o sapo Caco agora passou para o seu nome de original “Kermit”, assim como hoje em dia Super - homem passou a ser Superman para não gastarem na tradução dos rótulos de produtos, coisas de executivos.

Outra coisa que me intriga quanto a acessibilidade de idioma são extras dos DVDs. Não, eles não precisão ser dublados, mas sim LEGENDADOS, muitos filmes vem sem legendas nos extras (mesmo sendo duplos) que é o mínimo básico para se ver algo traduzido e isto é irritante. Tanto quanto um filme ser vendido aqui no Brasil com dublagem em espanhol e francês acrescido com a língua original. Ainda não sei quanto ao Blue-Ray, que tem mais espaço virtual.

Com o avanço da tecnologia das mídias visuais, cinemas com varias salas em shoppings, eu acho que essa briga entre material original e material dublado poderia ser resolvida muito bem se os responsáveis tivessem um bom senso quanto colocar seus produtos em mercados estrangeiros. E nem precisamos brigar tanto entre nós, principalmente quando sua TV por assinatura possui a tecla SAP se não tiver, troque ou baixe.

Ver filmes legendados ajuda também quando você quer aprender algum idioma e torna se possível sua leitura mais dinâmica.
Mas não pense que isto é coisa de “primeiro mundo” nem os americanos vêem filmes legendados e tão pouco dublados, até vão além criando suas próprias versões de filmes de outros países como “O chamado”, Quarentena (Rec no original) e agora estão pensando em fazer um com Oldboy... Então, esta discussão de ver material com idioma estrangeiro está por toda a parte, pois vivemos num mundo de várias culturas e idiomas, é só uma questão de como você quer vê-lo.

Sinceramente acho que os filmes dublados ou não, em pouco alteram na trama e na imagem de um filme, seriado ou desenho animado desde que suas traduções forem bem feitas e coerentes (os filmes legendados também têm erros sabiam?).


Com a Palavra:


Entrevistas do Jovem Nerd com:









Exemplo de uma dublagem amadora:




domingo, 7 de agosto de 2011

Problemas da Criação #17-B





Menina não entra - parte2
Por Rogério DeSouza








Um parágrafo "rápido" sobre animações e video games.
Nas animações americanas era raro ver heroinas em destaque nas histórias de ação, seguindo minha lembrança, havia uma série animada da "Mulher Aranha" mas não aquela personagem da Marvel (que também teria uma animação) seu nome real era "Web Woman"produzida pela Filmation , concorrente do estúdio Hanna-Barbera (Zé Colméia, Scooby-Doo...) nos anos 60, 70 e 80, mais tarde este estúdio faria a série da She-ra, uma série derivada de He-man e os Mestres do universo, ela era uma irmã perdida do heroi de Eternia. Geralmente grupos de herois tinham apenas uma ou duas mulheres na equipe como os Thundercats, G.I. Joe, Superamigos, X-men, Caverna do Dragão e outros... Um título em destaque nos anos noventa eram As Meninas Super poderosas (The Powerpuff Girls) criada por Craig McCracken passava no Cartoon Network sobre três menininhas com super poderes que combatem o crime com muita pancadaria.

Nas animações japonesas vale destacar Sailor Moon, As Guerreiras Magicas de Rayearth, Saber Marionette J, A princesa e o cavalheiro (de Osamu Tezuka),Cutey Honey e outros. Também vale lembrar que grande parte dessas personagens se originaram dos quadrinhos japoneses (mangá).


Nos games de ação nas últimas décadas vemos muitas protagonistas femininas, mesmo com certo apelo sexista como, Tomb Rider ou Bayonetta. Também vemos mulheres em destaque em jogos de Luta como Chun-li em Street Fighter, Sonya Blade em Mortal Kombat, Mai do Fatal Fury e King of Fighters. As mulhres também ganham destaque em jogos como Super Metroid, Resident Evil, Parasite Eve, etc...


Já na nona arte a coisa é um pouco diferente, as mulheres sempre tiveram seu espaço desde as histórias da Luluzinha até J.Kendall, As Aventuras de uma Criminóloga... No que se refere ao gênero ação, temos a Mulher Maravilha como uma das mais antigas que eu tenha conhecimento.

Na chamada “era de prata” dos herois éramos brindados pela versão feminina do homem de aço: Supergirl e também do Batman: Batwoman e Batgirl .
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Mesmo assim, as mulheres eram estereotipadas ficando ao cargo de afazeres domésticos, sendo reféns de vilões, etc.
Raramente víamos uma metendo a mão na cara de algum facínora, mas algumas eram mais criativas como Barbarella que seduzia seus oponentes.

Pulando para os anos 70 e 80 o feminismo tava em alta e as heroínas de parceiras passaram a ganhar algum destaque. A Marvel que tinha poucas heroínas em evidência criou versões femininas para heróis consagrados como Miss Marvel (do Capitão Marvel da Marvel, não o Shazam, entenderam?), Mulher Aranha e Mulher Hulk.


Também nessa época Jean Grey dos X-men deixou de ser a “Garota” Marvel para se tornar a poderosa Fênix que de tão poderosa pirou e morreu, mas a saudade foi tanta que a personagem voltou em duas versões: a filha do futuro alternativo e a própria Jean Grey que nunca foi Fênix e depois voltou a ser!

Outra que ganhou destaque foi a ninja assassina Elektra, criada por Frank Miller para as histórias do Demolidor.

Enquanto isso na Distinta Concorrência, os Novos Titãs traziam heroínas de grande relevância como Moça Maravilha, Estelar e Ravena.

Fora demais HQs undergrounds que apresentavam guerreiras sensuais (ou nem tanto) em mundos selvagens e pós-apocalípticos.

Nos anos noventa a coisa estourou, as heroínas ganharam importância, no entanto, havia um atrativo a mais: sensualidade. Em outras palavras, apesar dessas personagens espancarem centenas de caras ao mesmo tempo e capazes de partirem duas listas telefônicas com os dedos eram mulheres curvilíneas e geralmente usavam roupas decotadas, coladas e quase inexistentes. Quem na época não caia de amores pela Elektra, Vampira dos X-men, Sara Pessini a Witchblade ou a Caitlin Fairchild do Gen13?


Com o tempo a fórmula se desgastou e hoje as mulheres se destacam mais pela sua personalidade do que por seus dotes físicos, embora algumas ainda mantenham isso como a Poderosa.
Quando retratarmos mulheres em ação (Sim! Tiro, briga, destruição, essas coisas...) nós temos que ater a dois focos: Físico e mental. O físico estaria relacionado ao biótipo maneira como se apresenta indica a que público a personagem pretende atingir.
Já o mental é ligado com a personalidade da personagem suas motivações e desafios. Ambas as condições tem que estar em constante equilíbrio. Você tem que atrair ao mesmo tempo tanto o público feminino quanto o masculino embora o gênero ação pende ao masculino.
Se você, homem, pretende fazer uma personagem de ação atenha-se que esta lidando com o sexo oposto, leia a respeito disso ou converse com suas amigas, irmãs ou mãe. Faça algo com sua personagem que faça se identificar com a mulher comum como depilar as pernas, menstruação, gravidez, etc.
Dependendo do contexto, a heroína pode ser uma mulher seminua que sai quebrando pescoço de dinossauros ou até uma velha que soca seres bestiais. Não tem importância desde que como tudo numa história deste estilo tem que ter o dinamismo necessário e o carisma da protagonista.
Boas histórias independem de etnia, estilo ou sexo do protagonista.
Sou defensor da equivalência neste contexto, se existe um “Super – Homem” tem que existir uma “Super-Mulher” de mesmo nível.
Recentemente houve uma nova tentativa de fazer um seriado da Mulher Maravilha e pelas imagens mostradas causaram alvoroço e dividiram opiniões, desde o uniforme até a atriz principal. Foi feito um piloto que não foi aprovado pelos executivos de TV, tornando o projeto “natimorto”.

Será que é por falta de competência dos realizadores ou uma confirmação de que o gênero ação e aventura não passa de um incômodo clube do Bolinha onde menina não entra?